quarta-feira, 18 de julho de 2012

Maratona do Rio 2012



De início, quase perco o horário de acordar. Coloquei o despertador para 4h30 da manhã pra poder pegar o ônibus da organização que leva os corredores até a largada, no bairro, Recreio dos Bandeirantes, desde o Aterro do Flamengo, local da chegada. Como alguns fazem, eu ouvi o despertador, peguei e desliguei. E, não levantei da cama. Conclusão: acordei 5h20. Sendo que, o último ônibus sairia às 5h40. Daí, comi uma banana, duas torradas e café, rezei pra ir logo no “trono” e correr pra pegar um táxi e torcer pra ainda pegar o último ônibus. rsrs. Dei sorte! Cheguei às 6h00 e o último estava saindo.
Mais uma vez, o motorista do ônibus, mal informado ou desconhecedor do trajeto, errou duas vezes o caminho. Ano passado, foi a mesma coisa. Mas, por sorte, cheguei na largada às 7h00.
A largada seria 7h30.
Deu tempo de beber um gole de água, comer um pé-de-moleque e aquecer.
Dada a largada, esperei mais de 5 a 10 minutos até q 90% dos corredores atravessassem o pórtico, e lá fui eu.

Ritmo lento e constante até sair do Recreio e chegar na orla. Dali em diante, me concentrei apenas em manter um ritmo confortável, me hidratar e mentalizar como seria a minha chegada, já que fui com a meta de fazer em menos de 4 horas.
Levei seis sachês de gel e duas bananadas. Consumi logo aos 40 minutos e depois com 1h e 20min, as duas bananadas. No resto do percurso, a cada 40 minutos consumia um sachê de gel. Levei também do “armband”, onde levo o mp3, dois sacolés com uma mistura de isotônico em pó com maltodextrina. Tava pronto pra batalha (risos).
Os primeiros 20 quilômetros são hipnóticos e até sonolentos, por causa da paisagem e do terreno. A paisagem nesse trecho é sempre igual, mar de um lado e mato do outro, quando não, prédios da orla. E o terreno, plano até o vigésimo quilômetro.
A partir do km 21, tudo começa a ficar mais interessante. Dá-se o início da subida do túnel, passando pelo Elevado do Joá que tem uma vista revigorante e depois, a praia de São Conrado que antecede mais uma subida, a da Av. Niemeyer. A partir desse momento a corrida começa a ficar melhor e mais dura.
Terminando os quatro quilômetros da Av. Niemeyer, eis q chega a orla do Leblon (meu escritório). A partir do Leblon, é como se minha energia se reestabelecesse e eu começasse do zero. Costumo voltar pra casa do Leblon (escritório), até Laranjeiras (casa), todo final de semana. To super em casa e sabendo onde e quando devo começar a aumentar o ritmo.
Pois bem, ali mesmo no Leblon, comecei a aumentar o ritmo e esquecer o que poderia dar errado. Eu queria fazer os 42,195km abaixo de quatro horas e eu tinha certeza que faria.
Passando, pela orla de Ipanema, Copacabana e Botafogo, já entrando no meu quintal, o Aterro do Flamengo, eu já não queria saber de mais nada. Mesmo com a chuva, vento e frio, o público ainda prestigiava a corrida e muito mais os corredores. O público fez um corredor humano, onde passavam os corredores, incentivando de forma positiva e passando muito alto astral.
Isso, a mais ou menos 100 metros do pórtico da chegada. Ao avistar o pórtico, eu nem lembrava que tinha corrido 42 km, eu só queria chegar e chegar forte, com direito a sprint final. Então, além do sprint final, do calor humano do público, senti uma sensação que não tinha sentido no ano passado. Ao avistara a chegada e ouvindo o público gritando: “vai…vai…vai…”, eu me arrepiei da cabeça aos pés. Impressionante!
Conclusão: cheguei com 3hs e 54min, tempo do meu relógio, e ainda voltei pra corrida nos quilômetros 41 e 42, pra ir de encontro aos amigos e incentivá-los nos metros finais.
Resultado, além dos 42,195km, corri mais uns 5 km (Rsrs). Portanto, já posso me considerar, Ultra Maratonista, ou melhor, Ultra Audaz!
Os pontos positivos da prova foram os isotônicos em saquinhos (resistentes), a cada 5 km e água também, a volta da cor laranja para os maratonista, que por coincidência, é a minha cor preferida pra corrida e o tempo, que ajudou um pouco.
Os pontos negativos foram, mais uma vez, os motoristas dos ônibus que desconhecem o caminho, a falta de carboidrato em gel, que ocorreu ano passado, e o lanche final, uma tangerina e uma banana.
Agradeço a família e aos amigos!

Audaz!
Rumo ao infinito!

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